A crescente utilização de materiais compósitos de matriz polimérica nos domínios da Engenharia Civil e áreas afins associada à proliferação de novos materiais e soluções construtivas, constituem, por si só, uma forte razão para continuar a aperfeiçoar o conhecimento das suas caraterísticas e do seu desempenho, apetrechando o LNEC com as competências necessárias para responder às solicitações que lhe venham a ser colocadas nos próximos anos.

Uma das principais áreas de aplicação dos PRF é na reabilitação de infraestruturas, que é um grande desafio da Engenharia Civil do século XXI. Com efeito, o crescimento sem precedentes observado na construção de infraestruturas, durante o século XX, nem sempre foi acompanhado pela implementação de programas adequados de manutenção e proteção destas estruturas, assunto a que só se veio a dar maior importância nas últimas duas décadas desse século. Assistiu-se, ainda, à alteração de muito requisitos de utilização e de segurança para alguns tipos de estruturas que, embora não se encontrem deterioradas, necessitam de intervenção. A reabilitação, muitas vezes associada ao reforço da estrutura, é a solução mais conveniente em muitas situações em que a substituição da estrutura seja impraticável, quer por motivos económicos, logísticos ou culturais. A crescente necessidade de reabilitar e conservar as infraestruturas e equipamentos construídos tem motivado a procura contínua de diferentes tipos de soluções, que incluem técnicas e materiais distintos dos utilizados tradicionalmente, onde se destacam os PRF. Para responder a este desafio têm surgido respostas inovadoras e integradas baseadas neste tipo de materiais, que constituem soluções para problemas concretos, que interessa conhecer. Considera-se, por isso, de grande interesse para o LNEC a criação de competências neste domínio que lhe permitam apoiar o progresso e a boa prática, designadamente na reabilitação e conservação do património construído utilizando as novas soluções e tecnologias associadas a este tipo de materiais. Realça-se que a reabilitação do património construído, mantendo, substituindo ou alterando as infraestruturas e os equipamentos existentes enquadra-se num dos principais desafios da Estratégia da Europa, definida pela União Europeia para os próximos anos, que é o de fomentar um "crescimento inteligente, sustentável e inclusivo”.