ObjetivosAnalisar e compreender as dimensões ambientais, socioeconómicas e institucionais da sustentabilidade da água para garantir a qualidade deste recurso e aumentar a eficiência e equidade do seu uso, através de uma abordagem integrada da gestão dos recursos hídricos;
Definir estratégias locais inovadoras para a gestão sustentável da água;
Formular um conjunto de orientações de boas práticas para a conservação da qualidade e quantidade da água;
Áreas de estudo selecionadas:
Algarve (Sub-bacia da ribeira de Odelouca, Sub-bacia do rio Arade, aquífero Querença-Silves, aquífero Mexilhoeira Grande – Portimão)
Alentejo Litoral (Lagoa de Santo André – Sines)
Principais atividades a desenvolver:- Utilização de macroinvertebrados e outros bioindicadores (perifíton, zooplâncton, crustáceos e anfíbios) como ferramentas de monitorização e avaliação da qualidade das águas superficiais;
- Análise da vulnerabilidade das águas subterrâneas à exploração excessiva e à poluição enquanto parte integrante de uma estratégia sustentável de gestão dos recursos hídricos;
- Identificação e análise dos principais fatores que conduzem à exploração excessiva e contaminação dos aquíferos, e que podem por em causa a subsistência das famílias e o funcionamento dos ecossistemas;
- Investigação do potencial de reutilização das águas residuais enquanto processo de redução da exploração dos aquíferos locais.
Abordagem metodológica: Princípios estratégicos e conceptuais- Desenvolvimento de uma análise integrada, inovadora e robusta, com vista ao estudo das ligações entre o ambiente e a socioeconomia – necessário a uma compreensão conjunta dos sistemas socioeconómico e ambiental;
- Análise das interações natureza/sociedade baseada em metodologias inovadoras de conexão de Sistemas de Suporte à Decisão com tecnologia SIG – promoção da conservação e uso e gestão sustentáveis dos recursos hídricos;
- Integração dos stakeholders desde o inicio do processo. O ponto de partida serão as necessidades reais dos stakeholders locais (privados e públicos), promovendo uma abordagem direcionada para a resolução dos problemas;
- Desenvolvimento de cenários prospetivos – propor estratégias de gestão da água baseadas em indicadores de sustentabilidade. Estes cenários serão orientados por uma abordagem de investigação participada, que garanta um fluxo de informação entre os stakeholders e os investigadores.
Tarefas programadasT1 – Coordenação, gestão e disseminação (LNEC)
- Definição dos procedimentos metodológicos e da estrutura de comunicação;
- Avaliação e monitorização da execução da estrutura global do projeto;
- Interação com instituições exteriores à equipa;
- Disseminação: Construção de um site, newsletter eletrónica, publicação de artigos e de um livro.
T2 - Análise das forças motrizes económicas e ambientais (UATLA)
- Identificação e análise das forças motrizes ambientais (alterações climáticas, secas, vegetação) e económicas (crescimento populacional e urbanístico, agricultura, industria, turismo) que têm impacte sobre as estratégias de gestão da água;
- Análise das principais forças motrizes institucionais na gestão dos recursos hídricos - DQA, Lei da Água, estrutura da tomada de decisão e atores;
- Identificação e análise redes locais de stakeholders chave na gestão da água (instituições de investigação, utilizadores da água, decisores) e inferir sobre o papel que desempenham no processo – identificação de conflitos potenciais/reais entre eles;
- Identificação de áreas vulneráveis como resultado de pressões ambientais, socioeconómicas e demográficas:
- Análise espacial: Mapas de Pressões e de vulnerabilidade traçados em SIG.
- Análise das redes sociais – descrição e análise de padrões de interação entre os vários atores identificados.
Tarefa 3 - Disponibilidades hídricas e vulnerabilidade (LNEC)
- Estimativa da recarga de aquíferos utilizando o modelo BALSEQ (balanço sequencial diário). Integração de informação cartográfica sobre: precipitação, evapotranspiração potencial, uso do solo, solos;
- Mapeamento das disponibilidades hídricas e qualidade da água;
- Definição de potenciais origens de água alternativas para recarga artificial:
- Determinação das áreas mais apropriadas para a recarga artificial – índice GABA-IFI.
- Produção de mapas de vulnerabilidade e análise de risco;
- Mapeamento das disponibilidades hídricas considerando as alterações climáticas;
- Proposta de recomendações de gestão e proteção dos recursos hídricos com base nos resultados obtidos no âmbito desta tarefa.
Tarefa 4 - Biomonitorização da qualidade da água (UATLA/FCUL)
- Relação entre medições físicas e químicas (ex. profundidade, temperatura, OD, pH, substrato, clorofila a, fósforo, nitrato, etc.) que caracterizam os habitats aquáticos e qualidade da água e os bioindicadores;
- Utilização de padrões de biodiversidade e abundância e da sua relação com os parâmetros ambientais para avaliar o estado das massas de água;
- Recolha de amostras de períficton – avaliação do estado de eutrofização e/ou presença de elementos tóxicos;
- Recolha de amostras de macroinvertebrados - utilização de índices biológicos para avaliar a qualidade da água considerando a tolerância deste grupo à poluição;
- Recolha de amostras de organismos planctónicos, caranguejos e anfíbios e determinação da sua abundância;
- Produção de indicadores da qualidade da água e sua integração no sistema de decisão.
Tarefa 5 - Abastecimento e rega: competição por um recurso escasso (UATLA)
- Análise das necessidades de consumo de água das populações locais e dos conflitos potenciais/reais a nível das diversas utilizações da água;
- Análise das relações entre a "água virtual” e a água real, como contributo que o balanço entre o crescimento económico e populacional seja atingido, bem como a sustentabilidade ecológica – análise das mudanças socioeconómicas que este processo implica;
- Análise da qualidade da água, principalmente no que respeita aos impactes nas comunidades locais e ecossistemas.
Tarefa 6 - Cenários prospetivos. Análise prospetiva de restrições económicas e ambientais (UATLA)
- Desenvolvimento de cenários para o período 2015-2030 – previsão de quais as variáveis biofísicas e socioeconómicas que poderão potencialmente restringir a gestão dos recursos hídricos;
- Simulação do cenário de disponibilidade hídrica para 2015 na área de estudo, considerando a evolução do uso do solo atual, práticas agrícolas e as tendências de crescimento populacional;
- Desenvolvimento de cenários de disponibilidade hídrica para 2030 na área de estudo, considerando as alterações climáticas, modificações no uso do solo e nas práticas agrícolas.
Tarefa 7 - Estratégias inovadoras para a gestão dos recursos hídricos: uma abordagem integrada e participada (UALG)
- Definição de diretrizes e melhores práticas que suportem a identificação de opções sobre politicas e estratégias de gestão com vista à gestão sustentável dos recursos hídricos no sul de Portugal;
- Desenvolvimento de uma estrutura, baseada num conjunto de diretrizes e num compêndio de boas práticas, realçando o conhecimento cientifico e tradicional sobre a conservação da qualidade e quantidade dos recursos hídricos, em particular no que respeita a: água para consumo humano, água para rega, reutilização e reciclagem da água.
Atividade desenvolvida no 1º ano do projeto (Jan. 2010 – Jan. 2011)
Reuniões de abertura e de progresso1ª Reunião (global, de abertura) - 9 de fevereiro de 2010, Universidade Atlântica, Barcarena.
2ª Reunião (sectorial LNEC/UALG) - 12 de novembro de 2010, LNEC, Lisboa
- Apresentação do 1º relatório sectorial (LNEC)
- Apresentação do 2º relatório sectorial (LNEC)
- Apresentação do 3º relatório sectorial (UALG)
3ª Reunião (sectorial LNEC/UATLA) - 13 de dezembro de 2010, LNEC, Lisboa
- Apresentação do 4º relatório sectorial (UATLA/FCUL)
4ª Reunião (global) - Apresentação da Atividade do 1º ano do projeto - 6 de janeiro de 2011, LNEC, Lisboa
- Apresentação desenvolvimentos 1º ano LNEC
- Apresentação desenvolvimentos 1º ano UATLA
- Apresentação desenvolvimentos 1º ano FCUL
- Apresentação convidada do Prof. Jeff Camkin (Professor da University of Western Australia)
5ª Reunião (sectorial LNEC/FCUL) e 6ª Reunião (sectorial LNEC/UATLA) – 7 de outubro de 2011 e 13 de outubro de 2011
- Apresentação dos resultados da monitorização na bacia de Melides e na bacia Arade e aquífero Querença-Silves
7ª Reunião (sectorial LNEC/UALG /Universidade de Málaga) - 11 e 12 de novembro de 2011
- Workshop sobre Ensaios de Traçadores no Aquífero Querença-Silves (objetivos globais)
- Workshop sobre Ensaios de Traçadores no Aquífero Querença-Silves (aspetos qualitativos das águas subterrâneas)
- Workshop sobre Ensaios de Traçadores no Aquífero Querença-Silves (aspetos quantitativos das águas subterrâneas)
8ª Reunião ( global ) - Apresentação da Atividade do 2º ano do projeto – 20 de janeiro de 2012, LNEC, Lisboa
- Apresentação dos desenvolvimentos do 2º ano LNEC
- Apresentação dos desenvolvimentos do 2º ano UAtla
- Apresentação dos desenvolvimentos do 2º ano UAlg
9ª Reunião (global) – 23 de maio de 2012, LNEC, Lisboa
- Apresentação dos desenvolvimentos do LNEC
- Apresentação dos desenvolvimentos da UAtla
- Apresentação dos desenvolvimentos da Tarefa 7
10ª Reunião (global) – 28 de junho de 2012, Universidade Atlântica, Barcarena
- Apresentação 1 dos desenvolvimentos da FCUL/UAtla para a Tarefa 4
- Apresentação 2 dos desenvolvimentos da FCUL/UAtla para a Tarefa 4
- Apresentação dos desenvolvimentos da UAtla para a Tarefa 6
- Apresentação 1 dos desenvolvimentos do LNEC para Tarefa 7
- Apresentação 2 dos desenvolvimentos do LNEC para Tarefa 7
11ª Reunião (global) – 29 de outubro de 2012, LNEC, Lisboa
- Apresentação 1 dos desenvolvimentos do LNEC-DHA
- Apresentação 2 dos resultados preliminares do Relatório de Geofísica (LNEC-DG)
- Apresentação 3 dos desenvolvimentos da FCUL/UAtla
- Apresentação 4 dos desenvolvimentos da UAtla
- Apresentação convidada: Identificação de Fenómenos de Intrusão Salina na Região de Melides, Relatório Final de Projeto(na FCUL) por Lic. Marina Rosmaninho
Workshop PROWATERMAN • 29 de Novembro de 2012, UÉvora, Évora • 30 de Novembro de 2012, UAlgarve, Faro.
Resultados obtidos / Publicações- Oliveira, L.; Novo, M. E.; Lobo Ferreira, J.P.; (2012) - "Água, Ecossistemas Aquáticos e Atividade Humana – Projeto PROWATERMAN, Componente do Núcleo de Águas Subterrâneas para o enquadramento das medidas de mitigação em Melides ". Relatório 182/2012. 30 pp.
- Oliveira, M.M.; Oliveira, L.G. (2012) - "Água, ecossistemas aquáticos e atividade humana – Projeto PROWATERMAN. Quinto relatório temático – Estimativa da recarga e do escoamento direto na área de drenagem do sistema aquífero Querença-Silves”. Relatório 180/2012 – DHA/NAS, 108 pp.
- Oliveira, L.G.; Martins, T.; Lobo Ferreira, J.P.; Oliveira, M.M.; Novo, M.E.; Leitão, T. E. (2012) – ”Contributos para o desenvolvimento de medidas para uma gestão sustentável dos recursos hídricos no Sul de Portugal”. Relatório 153/2012 – DHA/NAS,50 pp.
- Oliveira, L,; Leitão, T, E,; Lobo Ferreira, J.P.; Oliveira, M, M,; Novo, M, E, (2011) - "Água, Ecossistemas Aquáticos e Actividade Humana – Projecto PROWATERMAN, Terceiro relatório temático – Resultados quantitativos e qualitativos das campanhas de 2011 e balanços hídricos". Relatório 291/2011. 107 pp.
- Henriques, M.J.; Martins, T. A (2012) – "ÁGUA, ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS E ACTIVIDADE HUMANA – PROJETO PROWATERMAN: Ensaios laboratoriais em amostras de solos para a caracterização de parâmetros hidráulicos e de transporte de solutos”. Nota técnica 05/12/DHA. 18 pág., 14 fig.
- Novo, M.E. (2010) – " PROWATERMAN. Primeiro relatório temático: Caracterização geológica e hidrogeológica das áreas de estudo do Alentejo e Algarve". Relatório 285/2010-NAS. LNEC, Lisboa. 90 pp..
- Oliveira, L., Novo, M.E., Terceiro, P. e Lobo-Ferreira, J.P. (2010) – " PROWATERMAN. Segundo relatório temático – Recarga artificial de aquíferos e vulnerabilidade das águas subterrâneas às alterações climáticas". Relatório 288/2010-NAS. LNEC, Lisboa. 100 pp.
- Salvador N. e Monteiro J. P. (2010) – "PROWATERMAN. Terceiro relatório temático – Caracterização de Estatutos de Proteção, Identificação de massas de água em Risco de não Cumprimento de Objetivos Ambientais e Redes de Monitorização”. Universidade do Algarve, Faro. 47 pp.
- Lourenço N., Machado C. R., J. Vilhena e Pires A. (2010)– "PROWATERMAN. Relatório de atividades desenvolvidas pela equipa da Universidade Atlântica”. Universidade Atlântica, Barcarena, Oeiras. 19 pp.
- Oliveira, L.; Leitão, T. E.; Lobo Ferreira, J.P.; Oliveira, M. M.; Novo, M. E. (2011) - "Água, Ecossistemas Aquáticos e Atividade Humana – Projeto PROWATERMAN. Terceiro relatório temático – Resultados quantitativos e qualitativos das campanhas de 2011 e balanços hídricos". Relatório 391/2011-NAS.LNEC, 107 pp.
- Leitão, T.E., Oliveira, L., Lobo Ferreira, J.P., Vilhena, J., Almeida, A., Tomé, M. e Pires, A.M. (2012) - "Análise integrada da qualidade da água e dos ecossistemas na bacia hidrográfica da ribeira de Melides". 11.º Congresso da Água, Porto, 15 pp.
- Lourenço N., Machado C. R., Vilhena J., Pires A, Rodrigues, L., Norberto, S e Esteves, L. (2011) – "Água, Ecossistemas Aquáticos e Atividade Humana – Projeto PROWATERMAN. Relatório da Task n.º 2 - Analysis of environmental and socioeconomic driving forces”. 103 pp., 60 fig. e 20 quadros.
- Lourenço N., Machado C. R., Vilhena J., Pires A, Rodrigues, L., Norberto, S e Esteves, L. (2011) – "Água, Ecossistemas Aquáticos e Atividade Humana – Projeto PROWATERMAN. Relatório da Task n. º 5– Drinking water and irrigation: competition over a scarce resource (versão provisória)”. 50 pp., 7 fig. e 18 quadros.