O projeto G-Terra, "Diretrizes para a Gestão Integrada de Escorrências de Estradas em Portugal”, teve início em janeiro de 2008, tendo finalizado em setembro de 2011.
No G-Terra, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, participaram o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I.P. (LNEC), que coordenou a investigação; a Universidade do Minho (U. Minho); o Instituto Politécnico de Viseu (IPV); o Instituto da Água, I.P. (INAG) e a Estradas de Portugal. S.A. (EP). O G-Terra contou ainda com a participação do consultor Michael Whitehead, da Highways Agency, que coordenou um estudo recente similar, porém de âmbito mais alargado, no Reino Unido e permitiu contextualizar os resultados obtidos no G-Terra.
As tarefas visaram:
- Analisar a origem e presença dos poluentes presentes em escorrências de estradas e estabelecer relações destes com as características específicas das estradas, a nível regional e nacional, fortalecendo o conhecimento nacional neste tema;
- Compreender e modelar o fenómeno da poluição das escorrências de estradas costeiras. Este foi o tema duma tese de doutoramento, enquadrada no G-Terra, a defender na Universidade do Minho em 2012.
Os resultados do G-Terra permitiram cumprir o objetivo de estabelecer diretrizes para uma melhor gestão das escorrências de estradas no âmbito do cumprimento de objetivos da legislação nacional e comunitária, protegendo o meio ambiente - em particular os recursos hídricos. Através da monitorização de 5 casos de estudo, o projeto aprofundou o conhecimento sobre a qualidade das escorrências de estradas em Portugal, permitindo apontar para um conjunto específico de poluentes que devem ser sempre atendidos, nomeadamente: Zn, Cu, Fe, SST e CQO. Estes poluentes rodoviários encontram-se presentes de forma mais significativa e constante – por apresentarem concentrações mensuráveis e/ou superiores aos valores limites de emissão estipulados no Anexo XVIII do Decreto-Lei n.º236/98.
Este estudo não teria sido possível sem o relevante apoio de concessionárias de estradas, nomeadamente da BRISA, S.A.; da EUROSCUT, S.A. e da ASCENDI, S.A. indispensável à realização dos estudos de monitorização.
A Tarefa 2, Monitorização de Escorrências de Estradas em 5 Locais e uma Gama Alargada de Poluentes teve dificuldades, habituais neste tipo de atividade, com origem em condições meteorológicas adversas e avarias no equipamento. Agradece-se à FCT o prolongamento concedido ao projeto, permitindo superar estes contratempos e atingir os objetivos propostos.
Diversas publicações, nacionais e internacionais, efetuadas entre 2008 e 2012, materializam os resultados do G-Terra.
No dia 1 de Junho de 2011, um Workshop nacional realizado no LNEC, permitiu difundir os principais resultados do G-Terra e facultar, a todos os interessados, o Guia com as Diretrizes, o qual materializa um dos principais objetivos deste estudo.
O Guia, um livro com 84 páginas, foi e continua a ser distribuído a título gratuito, desde Junho de 2011. O pdf do livro encontra-se também disponível
aqui.