Artigos de Revista
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Acessibilidade residencial e habitantes fragilizados (partes I e II) - versão de trabalho e base bibliográfica # 813 Infohabitar e # 814 Infohabitar
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No presente texto desenvolve-se, em primeiro lugar, para uma reflexão global sobre as matérias ligadas a condições de acessibilidade residencial e de vizinhança urbana habilitadoras de um habitar adequado aos habitantes mais fragilizados.Numa segunda parte do texto avança-se para o aprofundamento da relação mútua entre condições expressivas de bem-estar residencial e urbana no envelhecimento humano e a existência de uma expressiva aptidão espacial, funcional e pormenorizada para a vida diária e doméstica.
Ano: 2022
Número Páginas:
17.
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Revista: Infohabitar
Editor: GHabitar - Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
Volume:
Ano XVIII, n.º 813 e n.º 814.
Keywords: programa de habitação adaptável intergeracional cooperativa a custos controlados; phai3c; intergeracionalidade; habitação
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Atratividade, identidade e integração na habitação para idosos (partes I e II)
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Neste artigo, dedicado à temática de uma habitação especialmente adequada para idosos e pessoas fragilizadas, mas num essencial quadro intergeracional, participativo e bem integrado em termos sociais, urbanos e arquitetónicos, abordam-se, em primeiro lugar, matérias associadas à caraterização em termos de atratividade e de ausência de estigmas que se considera deverem marcar essa habitação, passando-se, em seguida, para a temática da na habitação para a temática da criação de ambientes especialmente agradáveis nessas novas intervenções residenciais.Numa segunda parte do artigo (a editar na Infohabitar na próxima semana) desenvolvem-se reflexões sobre o que poderá levar os seniores a uma mudança residencial e à escolha de soluções específicas urbanas e habitacionais, concluindo-se com a referência à residência às condições de apropriação, identidade e sentido do lugar habitacional, que se considera deverem caraterizar essas intervenções.
Ano: 2022
Número Páginas:
26.
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Revista: Infohabitar
Editor: GHabitar - Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
Volume:
Ano XVIII, n.º 815 e n.º 816.
Keywords: programa de habitação adaptável intergeracional cooperativa a custos controlados; phai3c; intergeracionalidade; habitação
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Breves notas sobre o habitar no final de vida - versão de trabalho e base bibliográfica # 834 Infohabitar
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No presente artigo e depois de uma essencial nota introdutória onde se salienta a complexidade e a sensibilidade desta temática específica que rodeia tudo o que tem a ver com os quadros habitacionais que nos acompanham no final de vida, desenvolvem-se algumas considerações sobre pensar no habitar no final de vida em termos de uma intervenção intergeracional e adaptável realizada no âmbito do PHAI3C. Em seguida aponta-se um conjunto de aspetos arquitetónicos responsáveis pela melhoria das condições habitacionais no fim de vida, avançando-se, depois para a a defesa do que podemos considerar como um final de vida mais doméstico e termina-se com a apresentação de alguns comentários às presentes contribuições para a melhoria das condições habitacionais no fim de vida.E há que fazer, aqui, uma referência específica a estarmos a entrar em áreas tão sensíveis como especializadas e que portanto têm de ser desenvolvidas no respeito dos respetivos especialistas, mas julga-se que para o avançar de ideias de conceção minimamente adequadas para uma habitação intergeracional, não dirigida para estas problemáticas, mas onde estas problemáticas provavelmente ocorrerão, importa abordá-las de modo a que o projetista do espaço intergeracional esteja devidamente sensibilizado para elas.
Ano: 2022
Número Páginas:
12.
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Revista: Infohabitar
Editor: GHabitar - Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
Volume:
Ano XVIII, n.º 834.
Keywords: programa de habitação adaptável intergeracional cooperativa a custos controlados; phai3c; intergeracionalidade; habitação
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Considerações sobre direitos e problemas dos idosos - versão de trabalho e base bibliográfica # 838 Infohabitar
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As presentes notas de leitura e de reflexão partem de um enquadramento feito através de um importante relatório mundial sobre envelhecimento e saúde para se desenvolver uma referência ampla à importante Estratégia Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável (ENEAS), e, depois, para uma abordagem sintética do direito à habitação na perspetiva do idoso, tendo por base diversos documentos.Há que fazer, aqui, uma referência específica a estarmos a entrar em áreas tão sensíveis como especializadas e que portanto têm de ser desenvolvidas no respeito dos respetivos especialistas, mas julga-se que para o avançar de ideias de conceção minimamente adequadas para uma habitação intergeracional, importa avançar nessas áreas ainda que, para já, apenas de uma forma exploratória ou introdutória.
Ano: 2022
Número Páginas:
16.
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Revista: Infohabitar
Editor: GHabitar - Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
Volume:
Ano XVIII, n.º 838.
Keywords: programa de habitação adaptável intergeracional cooperativa a custos controlados; phai3c; intergeracionalidade; habitação
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Domesticidade e terceira idade - versão de trabalho e base bibliográfica # 820 Infohabitar
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Este artigo é globalmente dedicado à temática de uma habitação especialmente adequada para idosos e pessoas fragilizadas, em termos ergonómicos e funcionais, mas sem quaisquer tipos de estigmas associados ao idadismo, e, portanto, integrada numa solução residencial e urbana intergeracional, participativa e bem relacionada em termos sociais, urbanos e arquitetónicos. Em termos específicos no presente artigo aborda-se, em primeiro lugar a matéria associada a uma habitação que possa constituir um lugar positivo para o corpo, para a mente e para o espírito ; sequencialmente desenvolve-se uma reflexão sobre a caracterização doméstica considerada essencial para o futuro da habitação e finalmente tratam-se as vantagens de uma domesticidade envolvente
Ano: 2022
Número Páginas:
17.
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Revista: Infohabitar
Editor: GHabitar - Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
Volume:
Ano XVIII, n.º 820.
Keywords: programa de habitação adaptável intergeracional cooperativa a custos controlados; phai3c; intergeracionalidade; habitação
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Espacialidade e conforto residencial no envelhecimento
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Neste artigo, dedicado à temática de uma habitação especialmente adequada para idosos e pessoas fragilizadas, mas num essencial quadro intergeracional, participativo e bem integrado em termos sociais, urbanos e arquitetónicos,(i) Sobre uma espaciosidade ou espacialidade doméstica especial(ii) Sobre a construção de uma expressiva noção global de conforto(iii) Aspetos de conforto ambiental a privilegiar para pessoas fragilizadas
Ano: 2022
Número Páginas:
14.
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Revista: Infohabitar
Editor: GHabitar - Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
Volume:
Ano XVIII, n.º 818.
Keywords: programa de habitação adaptável intergeracional cooperativa a custos controlados; phai3c; intergeracionalidade; habitação
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Habitação intergeracional: da adaptabilidade à participação num adequado quadro arquitetónico (partes I e II)
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No artigo aborda-se, em primeiro lugar, a importância da adaptabilidade nas novas soluções de habitar, em geral e especificamente em habitação intergeracional.Em seguida e muito ligado às matérias da adaptabilidade residencial desenvolve-se o papel da participação dos habitantes na promoção do seu bem-estar, numa dinâmica intergeracional convivial que beneficia a saúde e o respetivo meio social ; e neste sentido abordam-se as matérias do idadismo e do atual hiato intergeracional, seguindo-se uma reflexão sobre os comportamentos positivos para o bem-estar e a saúde e sobre a promoção efetiva de relações intergeracionais.Finalmente centramo-nos na relação entre idosos, habitação e Arquitetura, com uma atenção específica nas questões do desenho universal e especificamente amigo do envelhecimento e sua aplicação em termos de domesticidade e inovação tipológica.
Ano: 2022
Número Páginas:
25.
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Revista: Infohabitar
Editor: GHabitar - Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
Volume:
Ano XVIII, n.º 822 e n.º 823.
Keywords: programa de habitação adaptável intergeracional cooperativa a custos controlados; phai3c; intergeracionalidade; habitação
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Idosos: desafio crítico e oportunidade (partes I e II)
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Depois de uma pequena introdução e na primeira parte do artigo desenvolve-se a temática global do que se considera ser a nova e crítica realidade social e urbana constituída pelos inúmeros idosos que vivem sozinhos.Nesta problemática abordam-se, sequencialmente, as seguintes matérias: o número cada vez maior de idosos a viverem sozinhos; o desenvolvimento de novos serviços residenciais especialmente sensíveis aos idosos; e o aprofundamento de uma nova oferta residencial para idosos baseada numa ampla perceção do envelhecimento.Na segunda parte do artigo aborda-se o tema do desenvolvimento de habitações apetecíveis para os idosos e para todos os que desejem uma nova forma de habitar intergeracional, adaptável, apoiada e participada.Nesta temática abordam-se, sequencialmente, as seguintes matérias: a noção de que uma arquitetura habitacional mais adequada e humanizada proporciona mais satisfação; as novas oportunidades oferecidas por uma habitação intergeracional; o potencial pessoal e social dos designados idosos ativos; desenvolvimento de um habitar amigo do envelhecimento; a relação entre os
Ano: 2022
Número Páginas:
22.
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Revista: Infohabitar
Editor: GHabitar - Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
Volume:
Ano XVIII, n.º 836 e n.º 837.
Keywords: programa de habitação adaptável intergeracional cooperativa a custos controlados; phai3c; intergeracionalidade; habitação
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Lazer, arte, aprendizagem e envelhecimento - versão de trabalho e base bibliográfica # 817 Infohabitar
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Neste artigo, dedicado, globalmente, à temática de um adequado acompanhamento residencial do envelhecimento trata-se, em primeiro lugar a relação entre o envelhecimento, o lazer, a arte, o contato com a natureza e a promoção de aprendizagens, seguindo-se, depois uma abordagem mais específica dos espaços para lazer, arte e aprendizagens integrados em espaços residenciais adequados a habitantes idosos e fragilizados.
Ano: 2022
Número Páginas:
18.
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Revista: Infohabitar
Editor: GHabitar - Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
Volume:
Ano XVIII, n.º 817.
Keywords: programa de habitação adaptável intergeracional cooperativa a custos controlados; phai3c; intergeracionalidade; habitação
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Notas sobre o enquadramento da qualidade de vida e residencial especialmente dirigida para idosos e pessoas fragilizadas - versão de trabalho e base bibliográfica # 805 Infohabitar
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Em primeiro lugar aborda-se a temática de uma
Ano: 2022
Número Páginas:
21.
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Revista: Infohabitar
Editor: GHabitar - Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
Volume:
Ano XVIII, n.º 805.
Keywords: qualidade residencial; habitação para idosos; intergeracionalidade; habitação
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Comunicações
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Área mínima da habitação na reabilitação de edifícios. Análise das exigências definidas na Portaria n.º 304/2019
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A Portaria nº 304/2019 estabelece os requisitos funcionais da habitação e da edificação em conjunto aplicáveis à reabilitação, que prevalecem sobre o estabelecido no «Regulamento Geral das Edificações Urbanas» (RGEU). Para garantir adequadas condições de salubridade das habitações, a Portaria define requisitos mínimos de equipamento, de área e de dimensão para os compartimentos das habitações. Nesta comunicação, é analisado se esses requisitos garantem adequadas condições para o exercício das funções de uso da habitação, e são comparadas as áreas úteis do fogo que resultam da Portaria com as definidas no RGEU. Conclui-se que (i) a Portaria admite áreas e dimensões inferiores ao RGEU mas os compartimentos continuam a permitir incluir o mobiliário e equipamento essencial ao uso da habitação, e (ii) as áreas úteis dos fogos por morador da Portaria são idênticas ou superiores às do RGEU. Considera-se que os resultados apresentados contribuem para a boa compreensão do diploma, sendo uma boa forma de promover a sua correta aplicação.
Ano: 2020
Número Páginas:
955-966.
Autor(es): Branco Pedro, J.
Revista: Livro de Atas
Editor: LNEC
DOI:
10.34638/yzys-hn57
Keywords: Portaria n.º 304/2019; RGEU; Área mínima; Habitação; Reabilitação
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Avaliação cultural e ambiental da reabilitação de edifícios habitacionais urbanos
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A comunicação apresenta um método de avaliação multicritério para a avaliação de impactes culturais e energéticos da reabilitação de edifícios habitacionais urbanos (método IMPACTE REHURB). Este método destinase ao apoio à decisão no controlo prévio das obras de reabilitação de edifícios. Apresentam-se na comunicação os objetivos, as principais fontes e a estruturação do método. São descritos os critérios e os elementos de avaliação a aplicar, quer para o diagnóstico de valor, quer para a avaliação de impacte. É sintetizada uma aplicação-piloto do método e respetivos resultados. Finalmente, são abordados os desenvolvimentos futuros.
Ano: 2020
Número Páginas:
647-649pp..
Autor(es): Mourão, J.
Revista: Livro de Atas
Editor: LNEC
DOI:
10.34638/yzys-hn57
Keywords: Reabilitação; Habitação; Energia; Património cultural; Avaliação multicritério
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Avaliação da segurança ao incêndio em edifícios existentes. Descrição do método ARICA:2019
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O Decreto-Lei nº 95/2019, de 18 de julho, estabeleceu o regime aplicável à reabilitação de edifícios ou frações autónomas. No domínio da segurança ao incêndio (SI), este diploma veio clarificar as situações em que é possível recorrer à aplicação métodos de verificação de SI alternativos, previstos no Decreto-Lei nº 220/2008, de 12 de novembro, através da redação conferida pelo Decreto-Lei nº 224/2015, de 9 de outubro. Para o efeito, foi alterado o artigo 14º-A do Decreto-Lei nº 220/2008, ficando consagrado que: (i) pode ser dispensada a aplicação de algumas disposições da regulamentação de SI quando a sua aplicação seja manifestamente desproporcionada; e (ii) cabe ao projetista determinar as medidas a implementar, recorrendo a métodos de análise das condições de SI ou métodos de análise de risco, reconhecidos pela ANEPC ou por método a publicar pelo LNEC. Neste enquadramento, o LNEC publicou o "ARICA:2019 Método de avaliação da segurança ao incêndio em edifícios existentes". O método é uma evolução do ARICA originalmente desenvolvido no LNEC em 2004 e 2005. A nova versão resultou de uma reformulação que transformou o método original, vocacionado para a análise do risco de incêndio em centros urbanos antigos, num método de avaliação das condições de SI de edifícios existente que permite analisar soluções de projeto. O ARICA:2019 permite agilizar o processo de projeto de SI e ajudar o projetista a encontrar soluções de SI adequadas a cada caso. Permite também conciliar a garantia de um adequado nível de SI com a mitigação dos condicionalismos impostos pelas caraterísticas dos edifícios reabilitados. Com esta comunicação pretende-se contribuir para a disseminação do método e a sua adequada compreensão.
Ano: 2020
Número Páginas:
333-343 pp..
Autor(es): Leça Coelho, A.; Branco Pedro, J.; Ferreira, T.; Vicente, M.
Revista: Livro de Atas
Editor: LNEC
DOI:
10.34638/yzys-hn57
Keywords: Edifícios existentes; Segurança ao incêndio; Arica:2019; Reabilitação
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Avaliação da segurança ao incêndio em edifícios existentes. Instrumentos de apoio à aplicação do método ARICA:2019
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O "ARICA:2019 Método de avaliação da segurança ao incêndio em edifícios existentes" permite avaliar as condições de segurança ao incêndio de edifícios existentes, tendo por referência a atual legislação de segurança ao incêndio. O método foi desenvolvido no LNEC e resultou de uma reformulação da versão original do ARICA de 2005. A nova versão é orientada para a avaliação das condições de segurança ao incêndio de edifícios existentes, podendo ser utilizada para analisar soluções de projeto. Nesta comunicação apresentam-se uma folha de cálculo desenvolvida com vista a apoiar a aplicação do método, e que permite verificar se um projeto cumpre, ou não, as condições exigidas. Apresenta-se também um exemplo que ilustra a aplicação do método a um edifício localizado no campus do LNEC. Com esta comunicação pretendendo-se contribuir para a fácil e correta aplicação do método.
Ano: 2020
Número Páginas:
345-356.
Autor(es): Vicente, M.; Branco Pedro, J.; Leça Coelho, A.
Revista: Livro de Atas
Editor: LNEC
DOI:
10.34638/yzys-hn57
Keywords: Arica:2019; Reabilitação; Edifícios existentes; Segurança ao incêndio
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Exigências funcionais da habitação e da edificação em conjunto aplicáveis às obras em edifícios existentes. Análise comparativa entre a Portaria n.º 304/2019 e o RGEU
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O Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU) constitui, desde a sua publicação, o instrumento de cúpula da regulamentação técnica da construção. Não obstante este regulamento ter sido objeto de diversas alterações, verificam-se dificuldades significativas nas obras em edifícios existentes para cumprir as disposições do RGEU, sobretudo as relativas ao dimensionamento dos espaços. Para ultrapassar esta situação foi publicada a Portaria nº 304/2019, de 12 de setembro, que definiu os requisitos funcionais mínimos da habitação e da edificação em conjunto alternativos aos definidos no RGEU. Esta comunicação analisa sistematicamente as principais alterações introduzidas pela referida Portaria face ao RGEU. Para o efeito, a organização da comunicação coincide com a da Portaria, sendo apresentado com complemento um quadro síntese. Conclui-se que a Portaria adequa o RGEU à especificidade das obras em edifícios existentes através da combinação de quatro abordagens: (i) define requisitos inferiores aos do RGEU mas que garantem condições mínimas de segurança e salubridade; (ii) dispensa, com condições, alguns requisitos do RGEU; (iii) atualiza alguns requisitos do RGEU que são obsoletos face aos atuais a modos de vida; e, (iv) complementa, em situações muito pontuais, os requisitos do RGEU.
Ano: 2020
Número Páginas:
967-978.
Autor(es): Branco Pedro, J.
Revista: Livro de Atas
Editor: LNEC
DOI:
10.34638/yzys-hn57
Keywords: Portaria n.º 304/2019; RGEU; Exigências funcionais; Habitação; Reabilitação
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Regime aplicável à reabilitação de edifícios ou frações autónomas. Contributos para a aplicação do decreto-lei n.º 95/2019
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O Decreto-Lei n.º 95/2019 estabeleceu o Regime Aplicável à Reabilitação de Edifícios ou Frações Autónomas (RAREFA), com vista a adequar o quadro legal às exigências e especificidades da reabilitação de edifícios. O RAREFA definiu três princípios fundamentais a observar nas operações de reabilitação e realizou uma alteração integrada em seis domínios regulamentares. Com vista a contribuir para o adequado entendimento do Decreto-Lei nº 95/2019 e dos diplomas que o regulamentam, nesta comunicação são analisados a delimitação do âmbito de aplicação e o modo como podem ser operacionalizados os princípios a observar na reabilitação estabelecidos pelo novo regime. Para responder a estas questões foram analisados os diplomas legais, abordados alguns interlocutores de municípios e ordens profissionais, e ponderadas possíveis soluções para resolver os desafios identificados. Como resultado conclui-se que, embora sejam definidos critérios gerais quanto ao âmbito de aplicação, é necessário determinar caso a caso se cada projeto de especialidade está ou não abrangido pelo RAREFA. Conclui-se também que os princípios definidos no RAREFA estão em linha com a doutrina mais atual sobre a matéria, mas é importante utilizar instrumentos que ajudem a avaliar em que medida são observados nas intervenções.
Ano: 2020
Número Páginas:
651-662 pp..
Autor(es): Branco Pedro, J.; Mourão, J.
Revista: Livro de Atas
Editor: LNEC
DOI:
10.34638/yzys-hn57
Keywords: Sustentabilidade; Proteção do património edificado corrente; Licenciamento municipal de obras; Requisitos técnicos da construção; Reabilitação de edifícios
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Balancing cultural and environmental values in buildings refurbishment: assessing integrity and energy
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Considering the current challenge of environmental efficiency, urban policies should aim to improve existent buildings environmental performance by improving their energy performance. Building energy refurbishment solutions should also be weighed against the preservation of the buildings integrity and cultural value. This paper discusses criteria for the assessment of the impacts of urban buildings refurbishment, considering the risks and opportunities for both their cultural values and environmental resources. After a brief review of the operational concepts and the technical and policy references, the paper presents an assessment grid, developed in the framework of the research project Decarbonizing Cities: assessing urban and building rehabilitation impacts on urban metabolism and heritage, focusing on the trade-off between cultural integrity and embodied energy preservation. Two case studies are presented to illustrate the use of the assessment grid
Ano: 2018
Número Páginas:
539-548pp.
Autor(es): Mourão, J.; Campos, V.
Revista: Conference Report - The 3rd International Conference on Energy Efficiency in Historic Buildings
Editor: Uppsala University, Department of Art History
Keywords: Energy in buildings; Built heritage; Buildings rehabilitation; Sustainability
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Medição da área bruta nos edifícios. Análise e operacionalização das regras estabelecidas na normativa portuguesa da construção
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As regras de medição de área bruta nos edifícios, tal como são estabelecidas em diferentes diplo-mas do quadro legal e regulamentar português, não estão harmonizadas, variando consoante a fina-lidade com que são definidas. Com o objetivo de facilitar a atuação dos intervenientes no setor do projeto e da construção e promover a consistência interna dos registos públicos, os autores desen-volveram um método que permite obter os valores destinados a diferentes finalidades a partir de uma única medição. O método operacionaliza as regras de medição de área bruta estabelecidas nos seguintes documen-tos normativos nacionais: i) Regulamento Geral das Edificações Urbanas; ii) Ficha Técnica da Habi-tação; iii) Código do Imposto Municipal sobre Imóveis; iv) Conceitos nos Domínios do Ordenamento do Território e do Urbanismo; v) Sistema de Indicadores de Operações Urbanísticas; e, vi) Consti-tuição da Propriedade Horizontal.
Ano: 2016
Número Páginas:
12..
Autor(es): Branco Pedro, J.; Campos, V.; Santos, C.
Editor: LNEC
Keywords: Área de construção; Área bruta; Regras de medição
Info
Medição de áreas nos edifícios. Regras complementares ao definido na normativa portuguesa da construção
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As regras de medição de áreas nos edifícios são estabelecidas nos diferentes diplomas do quadro legal em vigor de forma frequentemente vaga, incompleta ou de difícil compreensão, pelo que a sua aplicação na prática suscita frequentes dúvidas. No sentido de mitigar esta situação e contribuir para a transparência do processo de medição, o rigor dos resultados obtidos e a possibilidade de realizar comparações objetivas, os autores desenvolveram um estudo que visou definir regras complemen-tares, fáceis de compreender e de aplicar. Apresentam-se aqui os resultados desse estudo. Organizou-se a comunicação em regras gerais e regras relativas à área útil, área bruta e área de implantação. Expõem-se também orientações sobre o procedimento de medição e o modo de apresentação dos resultados. A definição das regras baseou-se nas seguintes fontes de informação: diplomas legais portugueses, bibliografia de países estrangeiros e organizações internacionais, práticas instituídas na comunidade técnica e perguntas frequentes.
Ano: 2016
Número Páginas:
11p..
Autor(es): Branco Pedro, J.; Campos, V.; Santos, C.
Revista: Livro de Atas
Editor: LNEC
Keywords: Área de implantação; Área bruta; Área útil; Regras de medição
Info
O RGEU e a reabilitação de edifícios: Análise dos resultados de um inquérito ao sector da construção
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A comunicação apresenta uma análise dos resultados de um inquérito ao setor da construção reali-zado pelo LNEC em 2013, através do qual se procurou conhecer a opinião dos inquiridos sobre as dificuldades que se colocam na prática à aplicação do Regulamento Geral de Edificações Urbanas (RGEU) nas obras em edifícios existentes, bem como as medidas que podem ser adotadas para re-solver essas dificuldades. Da análise das respostas conclui-se que as principais dificuldades identificadas pelos inquiridos se prendem com as disposições relativas ao dimensionamento dos espaços, à salubridade, aos materi-ais e processos de construção e às instalações técnicas. Estas dificuldades radicam fundamental-mente em insuficiências do RGEU: o facto de estar orientado para a construção nova e de adotar uma formulação prescritiva e rígida das disposições, não admitindo margens de adaptação a situa-ções imprevistas como as que ocorrem frequentemente na reabilitação de edifícios antigos. Acresce a vetustez do RGEU, que está desatualizado face aos atuais processos e tecnologias da construção e aos modos de vida e de uso dos espaços, bem como a falta de compatibilização e harmonização entre o RGEU e o disposto noutros regulamentos gerais e específicos entretanto aprovados. As principais medidas propostas pelos inquiridos para ultrapassar estas dificuldades são admitir que o nível de exigência possa variar consoante a extensão da intervenção, admitir exceções à aplica-ção das disposições desde que o motivo seja devidamente justificado, reduzir o nível de exigência ou dispensar alguns requisitos, e adotar uma formulação exigencial. Para os problemas gerais do RGEU foi sugerido aproveitar as propostas de revisão já elaboradas, compatibilizar o disposto no RGEU com os outros regulamentos e clarificar a redação de exigências cuja interpretação coloca dúvidas recorrentes.
Ano: 2016
Número Páginas:
12p..
Autor(es): Branco Pedro, J.; Campos, V.
Revista: Livro de Atas
Editor: LNEC
Keywords: Inquérito; Reabilitação de edifícios; RGEU
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Livros
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Doors design for people with mobility impairments and service dogs
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A door can be an obstacle when it does not meet the needs of its users. The purpose of the work was to determine the dimensional and functional requirements of the use of internal doors in public buildings by people with mobility impairments and with service dogs. This paper addresses three subjects: (i) human and canine functioning, (ii) accessibility standards, and (iii) comparison between personal and envi-ronmental components. As a result proposals for the improvement of the Portuguese accessibility standard are presented.
Ano: 2013
Número Páginas:
21-25 p..
Autor(es): Carvalho, C.; Magalhães, A. B.; Branco Pedro, J.
Editor: Taylor & Francis Group
Keywords: Service dogs; People with mobility impairments; Doors; Accessibility
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Programa Minha Casa Minha Vida: Riscos, oportunidades e recomendações para a melhoria da qualidade arquitetónica e urbanística
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N/A
Ano: 2013
Número Páginas:
258-259 p..
Autor(es): Branco Pedro, J.
Editor: LNEC
Keywords: Habitação; Qualidade; Programa minha casa minha vida
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2º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono. 1º Congresso Construção e Reabilitação Sustentável de Edifícios no Espaço Lusófono
Odesenvolvimento do território, da cidade e da promoção habitacional, no âmbito da lusofonia, é o tema a discutir no 2.º CIHEL, um congresso internacional, organizado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa, de 13 a 15 de março de 2013, a que se associa o 1.º CCRSEEL Congresso Construção e Reabilitação Sustentável de Edifícios no Espaço Lusófono e a outras atividades, entre as quais um Workshop, uma sessão do CIALP Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa, sobre a prática profissional na lusofonia, o lançamento de um portal sobre a cidade e o território desenvolvido pelo Instituto do Território e pelo LNEC, exposições, uma delas sobre a última edição do Prémio do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, e uma visita técnica apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa. O 2.º CIHEL, realizado no Centro de Congressos do LNEC, visa aprofundar as bases de um fórum sociotécnico transnacional e falado em português, dirigido para a construção de laços duráveis de cooperação na respetiva grande área temática, seja pela realização em outros países da CPLP dos próximos congressos, seja pelo desenvolvimento continuado de outras atividades com utilidade socio- -económica. Considera-se que proporcionar algo tão oportuno como a divulgação, numa mesma língua comum, das características das boas ideias e experiências de habitação, vizinhança, cidade e ordenamento territorial reúne aspetos que podem ajudar, de forma determinante, a escolher bons caminhos em termos de boas práticas, com reflexos no bem-estar das famílias, numa bem informada poupança no investimento público, numa boa ligação entre resolução de problemas sociais e dinamização da economia e numa nova retoma do problema da habitação num século em que habitação e cidade têm de aprender a conviver de forma mutuamente favorável e mesmo estimulante. Salienta-se que a temática da Habitação, Cidade, Território e Desenvolvimento é de grande oportunidade numa altura em que se desenvolvem planos para elevados números de habitações e para a reurbanização de extensas áreas em vários dos países da lusofonia, que se debatem com críticas carências habitacionais e de ordenamento urbanístico, e em que é pertinente priveligiar a abordagem do habitar, num sentido amplo e no seu papel como meio vital de desenvolvimento socioeconómico dos respetivos países. O 2.º CIHEL é promovido e organizado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) com a colaboração do FUNDCIC, a partir da iniciativa do Grupo Habitar (GH) associação técnica e científica sem fins lucrativos com sede no Núcleo de Arquitetura e Urbanismo (NAU) do LNEC. Salienta-se que ao 2.º CIHEL se aliou o 1.º Congresso Construção e Reabilitação Sustentável de Edifícios no Espaço Lusófono (1.º CCRSEEL), desenvolvido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL) e pelo Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Planeamento Urbano (GEOTPU). Sublinham-se também os apoios determinantes que foram proporcionados ao Congresso por parte das seguintes entidades: Câmara Municipal de Lisboa (CML); Centro de Investigação emArquitectura, Urbanismo e Design (CIAUD) da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa; Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU); e Laboratório de Engenharia de Angola (LEA). Sublinha-se, finalmente, que o Congresso tem oAlto Patrocínio do Senhor Presidente da República, é presidido pelo Senhor Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e tem os apoios institucionais do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, e do Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.
Ano: 2012
Número Páginas:
374pp.
Autor(es): entidade LNEC
Editor: LNEC
Keywords: Congresso internacional; País lusófono; Desenvolvimento socioeconómico; Desenvolvimento sustentável; Planeamento urbano; Ordenamento do território; Reabilitação de edifício; Edifício de habitação; Construção de edifício; Habitação
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Análise das exigências de área aplicáveis às habitações do programa «Minha Casa Minha Vida».
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Tendo em atenção a controvérsia em torno do programa «Minha Casa Minha Vida», este artigo procura contribuir para a discussão analisando as exigências de área. Primeiro, são revistas as dimensões do mobiliário e equipamento previsto no programa e analisadas as implicações desta revisão na área de um projecto padrão. Depois, é revisto o mobiliário e equipamento a incluir em cada habitação e re-analisadas as implicações desta revisão na área do projecto padrão. Por último, comparam-se as exigências de área do programa com as estabelecidas em outros países latino-americanos e europeus. Conclui-se que 1) as dimensões do mobiliário considerado no programa são inferiores às encontradas nas grandes lojas de varejo, 2) deve prever-se um aumento de 15% da área útil estabelecida no programa para as casas e 3) a área útil das casas definida no programa é inferior ao estabelecido na generalidade dos países comparados.
Ano: 2012
Autor(es): Boueri, J.; Branco Pedro, J.; Scoaris, R.
Editor: LNEC
Volume:
7.
Keywords: Mobiliário e equipamento; Programa minha casa minha vida; Área mínima; Brasil; Habitação de interesse social
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Área útil do fogo. Revisão das exigências regulamentares.
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O objectivo deste artigo é estudar as exigências de área útil mínima do fogo que devem ser estabelecidas pela regulamentação da construção portuguesa. Foram realizadas as seguintes tarefas: identificar as necessidades de equipamento e mobiliário para cada função, lotação e nível de qualidade; determinar a dimensão do mobiliário e equipamento utilizado, assim como as suas disposições frequentes; conceber modelos de espaços funcionais; definir a área necessária para desenvolver cada função e a área útil do fogo; comparar os resultados com as estatísticas de construção de habitação em Portugal e com as exigências de área em vigor em Portugal e em outros países europeus. Conclui-se que a área útil do fogo obtida para novos edifícios é 5% a 15%, consoante a lotação, superior ao estabelecido na regulamentação em vigor em Portugal. Os valores obtidos para a área útil do fogo estão próximos dos estabelecidos na regulamentação da construção de alguns países europeus. Observa-se que o estudo aborda apenas a área útil do fogo, existindo outras exigências de área importantes para assegurar a adequação ao uso da habitação; as exigências de área foram definidas com base na situação portuguesa actual, necessitando ser adaptadas quando aplicadas em diferentes contextos sociais, culturais ou económicos; as exigências de área definidas constituem limiares mínimos, não sendo recomendações de boa prática.
Ano: 2012
Número Páginas:
p. 53-88 (36)..
Autor(es): Branco Pedro, J.
Editor: LNEC
Volume:
7.
Keywords: Rgeu; Portugal; Área mínima; Habitação
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L'espace du social dans un monde de (multi)représentations socio-spatiale. Méta-refléxion méthodologique à partir d'un regard géo-anthropologique
L'importance de l'espace comme un objet d'analyse des Sciences Humaines est particulièrement important pour comprendre la complexité des relations socio-spatiales contemporaines, quelles soient définies par un monde dit réel, soit par un monde virtuel. Mais quels sont les chemins théoriques et méthodologiques à prendre pour analyser l'espace des (dans les) relations socio-spatiales du monde actuel, en particulier lorsqu'ils sont confrontés à la situation imminente de la coexistence de réalités dites réelles et virtuelles? Tenant en considération que la coexistence, paisible - et/ou conflictuelle, juxtaposée - et/ou articulée, entre les réalités dites réelle et virtuelle peut problématiser lapproche et la compréhension des phénomènes sociaux et de l'espace, cette même coexistence invente des formes nouvelles de relations sociales, des pratiques, représentations et de paysages socio-spatiales. Ceci, dans un autre point de vue, exige également l'invention de nouvelles façons d'interpréter les phénomènes socio-spatiaux, l'enregistrement et la reproduction des connaissances acquises, aussi bien que garder des rapports avec les expériences considérées plus traditionnelles ou plutôt déjà plus diffusés et assimilés par le savoir-faire technique et scientifique. A ce propos, il faut considérer que les phénomènes de mobilité spatiale, déterritorialisation, translocalisation et, probablement, les expériences de transrealité (notion, pour le moment, associée à celle de monde cyberspatial), étendent le champ de possibilités des individus (et pourquoi pas aussi celui de la recherche et des véhicules de reproduction de la connaissance scientifique?). Cela ne signifie pas que lholisme et la tradition, ainsi que le quotidien et le monde réel aient cessé dexister. Comme référé par Gilberto Velho (1994), la notion du champ de possibilités considère ce qui advient des alternatives du processus socio-historique et du potentiel d'interprétation de l'univers symbolique de la culture. Découvrir et/ou (ré)inventer des concepts qui serviront d'outils pour la lecture, la compréhension et l'orientation des connaissances a propos de l'espace social, et plus spécifiquement sur les relations socio-spatiales, est crucial. En ce sens, comme point de départ pour cette réflexion on considère la notion de représentation pour en suite discuter le rôle des représentations multi-socio-spatiales dans un monde de plus en plus multi-sites et multi-référencé. D'autre part, on questionne la nécessité de replacer le regard du chercheur dans lobservation de ce que semble être une réalité de plus en plus décalée. Comme paramètre d'orientation de cette réflexion ont a recours à des notions de multilocality et multivocality (Rodman, 1992) afin de réfléchir sur les possibles (et multiples) liens entre ce que au départ peut sembler une opposition entre un monde réel et un monde virtuel. Tenant compte que les notions de multilocalidade et multivocalidade ont été définies par Margaret Rodman afin de rediscuter le problème de la place (Appadurai, 1988) dans la perspective d'une approche anthropologique, on a recours à ces concepts parce qu ils apportent une contribution effective à l'orientation de l'étude et une meilleure compréhension des relations socio-spatiales, en particulier dans le contexte de la confrontation entre un monde réel et un virtuel. Selon Rodman (1992), les notions de multilocalidade et multivocalidade permettent d'aborder les différentes dimensions d'un lieu, permettant de décentrer l'analyse et envisager la construction de lieux multiples, ce qui rend possible de lenvisager du point de vue des autres. Ces deux notions permettent également de comparer les analyses de l'espace et indiquent la réflectivité entre les différentes relations sociales et les lieux, concrétisant ainsi les multiples significations attribuées par ses différents utilisateurs. En acceptant la coexistence d'un monde réel et dun autre virtuel (associé au cyber-monde), on est porté à considérer, au moins de forme spéculative, lexistence aussi de lieux réels et lieux virtuels. Par conséquence, il importe de faire la déconstruction des significations que, tout au long du processus de construction et de production de l'espace, sont affectés à ces lieux. L'espace devenant important et significatif à travers l'expérience sociale, il est important de l'observer d'un point de vue interactif qui intègre les influences réciproques entre la diversité des phénomènes socio-spatiaux et la diversité des formes de l'espace en fonction de son expression, raison et ses conséquences pour nous-mêmes et pour les autres. Pour cela, l'interprétation de la signification de l'espace comme une expression des interactions entre l'environnement et l'expérience culturelle est essentielle. Comme observé par Edmund Leach (1978), le problème de la perception des significations imaginaires des lieux survient quand on cherche à comprendre comment les images se rapportent à des objets et à des faits du monde extérieur. En ce sens, on peut dire que les différentes représentations socio-spatiales sont coexistantes, suggérant son caractère multidimensionnel, parce que le monde empirique et fabriqué, le réel et imaginaire, les faits et la fiction, sont mélangés à un tel point qu'il est difficile de tracer une ligne entre eux. De ce point de vue, il est nécessaire de prendre en compte le caractère multidimensionnel des pratiques, les perceptions et les représentations, les désirs, les valeurs et les espaces imaginaires pour l'analyse sociale. Je pense que le premier défi qui nous attend est, sur le plan de l'interprétation analytique des relations socio-spatiales, déviter de fragmenter la complexité sociale contemporaine en mondes réel et virtuel (comme c'est souvent fait pour les relations entre local et global). Un deuxième défi consiste à trouver des moyens de reproduction et de diffusion des connaissances scientifiques, qui ne sont pas dépassées par la rapidité avec laquelle se produit l'innovation cybernétique et technologique. A ce propos, il me semble particulièrement denvisager la création d'un processus de gestion du présent comme un temps qui articule aussi le passé et le futur.
Ano: 2012
Número Páginas:
87-94.
Autor(es): Menezes, M.
Editor: ARACNE EDITRICE S.r.l.
Volume:
-.
Keywords: Perspectiva geo-antropológica; Metodologia; Multi-representações; Espaço
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Os revestimentos exteriores dos edifícios históricos como parte da imagem urbana: desafios socio-ambientais à sua conservação
Os revestimentos exteriores dos edifícios são significativos na definição da imagem e paisagens urbanas, como protegem os edifícios das ações externas. Mas a conservação dos revestimentos históricos não é uma prática comum, já que reparados e eliminados com materiais incompatíveis. Os obstáculos para a conservação dos revestimentos são físicos e sociais (moda, vandalismo, perda de conhecimento). Estas situações comprometem a imagem urbana e suprimem a história das técnicas e materiais. No âmbito do Projeto Conservation and durability of historical renders, compatible techniques and materials LIMECONTECH cujo um dos objetivos é estudar as técnicas, materiais e ferramentas dos revestimentos de cal em Portugal, reflete-se sobre a importância de uma perspectiva interdisciplinar de conservação. Articula-se o conhecimento ligado à conservação/restauro do património e às ciências da construção a um domínio antropológico do conhecimento. Discutem-se determinados aspectos do percurso de trabalho prosseguido, salientando o potencial desta perspectiva na conservação do ambiente construído.
Ano: 2012
Número Páginas:
153-168.
Autor(es): Menezes, M.; Tavares, M.; Veiga, M. R.
Editor: Unviersidade de Brasília - UNB
Volume:
-.
Keywords: Interdisciplinaridade; Revestimentos exteriores históricos; Imagem urbana; Patrimonio material; Conservar; Patrimonio imaterial
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Por uma antropologia do espaço público urbano
No seguimento do raciocínio de Choay (2006) e de Ségaud (2009, 2010) sobre a importância da antropologia do espaço na nossa contemporaneidade, interrogam-se os princípios que sustentam intervenções que pretendem enunciar verdades arquitetónicas e urbanísticas de inversão de situações de crise, decadência e abandono do espaço público urbano (EPU). Considerando a relação entre dinâmicas socioculturais, organização do espaço e configuração de espacialidades urbanas, evoca-se a importância dos contextos a fim de relevar o papel de uma observação sistemática e minuciosa da atualidade das complexas interações que resultam da relação entre os múltiplos e diversificados usos dos EPU, as apropriações e contra apropriações do espaço por parte dos seus utilizadores e respetiva ligação com propostas arquitetónico-urbanísticas de intervenção. Propõe-se, assim, refletir sobre a importância que o estudo dos diferentes modos e habilidades de configuração sociocultural do espaço detém para um melhor entendimento da complexa relação entre cidade, arquitetura, cultura e sociedade, assim questionando as perspetivas universalizantes de intervenção arquitetónico-urbanística que insistem num ser urbano ideal que, como tal, expressaria comportamentos adequados.
Ano: 2012
Número Páginas:
522-529.
Autor(es): Menezes, M.
Editor: Academia de Escolas de Arquitetura e Urbanismo de Língua Portuguesa
Volume:
Vol. 1.
Keywords: Espaço público urbano; Antropologia do espaço
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Qualidade espacial e funcional da habitação
As características espaciais e funcionais da habitação, incluindo o programa de espaços, a área e dimensões dos compartimentos, e a sua organização funcional, são aspetos determinantes para promover a adequação ao uso pelos moradores. A prioridade dada ao estudo destas características tem variado em função do contexto social e económico. Em períodos de carência habitacional têm sido privilegiados estudos sobre a habitação mínima, que visam definir especificações e modelos que assegurem a satisfação das necessidades dos moradores e simultaneamente permitam uma boa rendibilização dos recursos investidos, geralmente públicos. Estes estudos procuram equilibrar duas orientações. Por um lado, pretende-se dotar as habitações de espaços tão amplos quanto possível pois reconhece-se que: a habitação marca profundamente a qualidade de vida dos moradores e as suas expetativas e possibilidades de desenvolvimento futuro; quando a habitação tem características inferiores a determinados limiares são colocadas em causa as condições de saúde e segurança dos moradores; muito dificilmente se altera a área dedicada a uma habitação; e as mudanças da forma ou organização dos compartimentos obrigam a investimentos avultados. Por outro lado, existe a necessidade de reduzir a área das habitações com vista a construir mais habitações com o mesmo investimento do Estado e produzir habitações com um custo compatível com a capacidade económica das famílias, por vezes muito desfavorecidas. Quando ultrapassados os períodos de carência habitacional, os estudos sobre a habitação passam a dar prioridade a outras temáticas da qualidade do habitar. Existindo suficiente oferta habitacional, acredita-se que a regulação do mercado assegurará que as habitações com características espaciais e funcionais inferiores serão naturalmente abandonadas pela produção ou relegadas pela procura. A regulamentação impede a produção de habitações abaixo de determinados limiares considerados mínimos e enquadra a produção de habitação de interesse social. Contudo, mesmo num contexto de superavit habitacional, podem identificar-se, pelo menos, quatro tendências atuais que reforçam a importância do estudo das características espaciais e funcionais da habitação: a diversificação social e étnica, as novas formas de agregação familiar, a redução da dimensão da família e a segmentação da aparente homogeneidade dos modos de vida levam a questionar as tipologias habitacionais subjacentes à regulamentação e alguma rigidez imposta pelas especificações legais à organização dos espaços; as intervenções de reabilitação de edifícios habitacionais, muitos dos quais não cumprem as atuais disposições legais sobre áreas e dimensões dos espaços habitacionais, em virtude da reduzida dimensão dos compartimentos, obrigam a repensar as especificações mínimas consagradas na regulamentação; com a rápida banalização do computador pessoal e a difusão do acesso à Internet, as novas tecnologias da informação e da comunicação começaram a fazer parte integrante do nosso quotidiano doméstico, sendo importante refletir sobre as consequências destas alterações na forma como concebemos e utilizamos as nossas habitações; a consciência de que não se pode continuar a utilizar indiscriminadamente os recursos disponíveis sem comprometer a sustentabilidade do planeta sugere a identificação de especificações máximas acima das quais se considera que não existem vantagens socialmente aceitáveis para a qualidade de vida dos moradores. O presente Caderno pretende contribuir para a divulgação do conhecimento sobre o tema da qualidade espacial e funcional da habitação. Foram reunidas contribuições sobre o contexto brasileiro e português. Ao confrontar os resultados apresentados verifica-se que são adotadas metodologias idênticas mas as diferenças no contexto social e económico refletem-se em diferentes níveis de exigências. Nos textos apresentados abordam-se as necessidades e modos atuais de uso da habitação, o dimensionamento da habitação em função desses modos de uso, as implicações económicas das opções de dimensionamento e uma reflexão sobre o contributo do dimensionamento da habitação para a qualidade global do habitar.
Ano: 2012
Número Páginas:
180pp.
Autor(es): entidade LNEC
Editor: LNEC
Volume:
CAD 7 Cadernos Edifícios.
Keywords: Habitat; Sociologia da habitação; Espaço interior; Exigência funcional; Habitação; Qualidade de vida
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Ética Prática da Ecologia Humana: questões introdutórias sobre ecologia humana e a emergência dos riscos ambientais.
O livro resume a evolução dos quadros teóricos da ecologia humana e a valorização das suas práticas, no presente, sob contributos para os processos de avaliação ambiental estratégica e dos impactos sociais associados a alterações climáticas e riscos ambientais. Discute em torno das questões éticas, e argumenta a favor de uma nova epistemologia para as ciências sociais e humanas no compromisso para com a sustentabilidade e a democratização dos processos de decisão.
Ano: 2011
Número Páginas:
31.
Autor(es): Craveiro, J.
Editor: Apenas
Keywords: Ética ambiental; Ecologia humana
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Capítulos de Livros
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Bem-estar e conforto ambiental no interior habitacional
A habitação deve proteger de condições ambientais adversas, ajudar na prevenção de doenças, assegurar a higiene, o conforto ambiental, físico e mental, o sossego e as actividades correntes e criativas, bem como a manutenção da saúde humana num sentido amplo que engloba o bem estar; objectivos estes que muito dependem de adequadas condições de desafogo espacial, de boas condiçõesadas ao abastecimento de água potável e ao saneamento básico, e de agradáveis condições de equilíbrio térmico, ventilação e luz natural, insolação e isolamento acústico. No que se refere à reabilitação habitacional, ela é uma medida urgente no conjunto da nossa edificação urbana, que está intimamente ligada aos problemas da saúde, da higiene do bem estar na habitação, e que exige uma abordagem específica em termos de objectivos prioritários, abordagem esta que é apenas esboçada na presente ficha.
Ano: 2009
Número Páginas:
7 p..
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Editor: Direcção-Geral de Saúde (DGS)
Volume:
Grupo 3 - Ficha 3.3.
Keywords: Saúde; Bem estar habitacional; Conforto ambiental
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Bem-estar e tipos de soluções habitacionais
O bem-estar no interior do edifício depende de uma boa escolha das suas características, considerando as respectivas condições de identidade, de relação com os espaços de recreio e de lazer da envolvente e de conforto dos respectivos espaços comuns; aspectos estes que podem ser fundamentais para o estímulo do seu uso por crianças e idosos. No interior da habitação são fundamentais as condições de funcionalidade e de adaptabilidade a diversos tipos de usos e de modos de vida, em conjunto com as boas condições de segurança e intervenção de emergência e de relação com o exterior e a natureza, aspectos estes essenciais para crianças, idosos, pessoas doentes e pessoas que vivam sós.
Ano: 2009
Número Páginas:
7 p..
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Editor: Direcção-Geral de Saúde (DGS)
Volume:
Grupo 2 - Ficha 2.5.
Keywords: Espaço de recreio e lazer; Adaptabilidade; Funcionalidade; Bem estar habitacional
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Bem-estar na envolvente residencial
Fazer habitação não se pode limitar ao espaço que fica da soleira da porta de entrada para dentro, sendo essenciais as condições de habitabilidade e de conforto proporcionadas pelo sítio onde habitamos, nas quais se destacam, quer a máxima protecção relativamente às diversas fontes de poluição e aos perigos e incómodos associados à circulação de veículos motorizados, quer a existência de espaços exteriores e equipamentos que sejam verdadeiramente convidativos para uma intensa estadia no exterior em actividades de lazer, recreio e convívio, num contacto estimulante com a natureza e num meio especialmente amigável para crianças e idosos. Resumindo-se, importa sublinhar que no exterior e na envolvente da habitação também se deve poder habitar com saúde e com evidente bem estar.
Ano: 2009
Número Páginas:
8 p..
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Editor: Direcção-Geral de Saúde (DGS)
Volume:
Grupo 2 - Ficha 2.4.
Keywords: Política de saúde; Exposição ambiental; Saúde urbana; Habitação
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Problemas sociais na habitação
As condições habitacionais devem participar na vitalização da cidade e na oferta, hoje fundamental, de ambientes de vida que apoiem a regeneração de uma vida diária estimulante e integradora, pois passamos muitas horas da semana nas nossas habitações e vizinhanças; e considerando os grupos sociais com menos possibilidade de se afastarem das suas habitações para férias, então a importância do sítio que habitamos torna-se ainda mais determinante. Más condições habitacionais podem afectar a saúde física e psíquica, assim como o bem-estar social dos habitantes, salientandos e que um ambiente residencial claramente higiénico e convidativo é especialmente importante para as crianças, pois influencia, directa e indirectamente, o seu desenvolvimento físico, psicológico e social; e parece decorrer desta ideia a influência potencial de um tal ambiente em outros grupos sociais sensíveis ou criticamente desintegrados. Devem ser favorecidos os agrupamentos residenciais pouco numerosos e que criem agradáveis espaços de vizinhança que possam dinamizar o convívio local; condição que é crítica tratando-se de conjuntos de habitação social e de realojamento, que devem ser bem disseminados e integrados em diversos locais da cidade e em conjuntos pequenos e socialmente diversificados. Nas acções de realojamento é fundamental considerar os modos de habitar dos futuros habitantes na escolha das soluções urbanas e habitacionais aplicar e é imprescindível desenvolver uma gestão social de proximidade participativa que tem de ser muito exigente em casos de famílias e pessoas conhecidas por terem, habitualmente, difícil integração. A ausência destes cuidados contribui para a criação de conjuntos residenciais com muitos problemas sociais, abrangendo desde condições críticas de isolamento na habitação e de falta de possibilidades de integração social a situações propícias ao vandalismo e à criminalidade.
Ano: 2009
Número Páginas:
7 p..
Autor(es): Baptista Coelho, A.
Editor: Direcção-Geral de Saúde (DGS)
Volume:
Grupo 2 - Ficha 2.6.
Keywords: Integração social; Soluções urbanas e habitacionais; Espaço de vizinhança
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Reducing prejudice: common ingroup and dual identity in unequal status intergroup encounters
N/A
Ano: 2009
Autor(es): Monteiro, M. B.; Guerra, R.; Rebelo, M.
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Teses de Doutoramento
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Conceitos e políticas europeias de reabilitação urbana - Análise da experiência portuguesa dos gabinetes técnicos locais
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A reabilitação urbana é actualmente um tema incontornável quer se fale de conservação e defesa do património, de desenvolvimento sustentável, de ordenamento do território ou de coesão social. No entanto, o conceito de reabilitação urbana sofreu uma enorme evolução desde os anos 60 até aos nossos dias, no que respeita aos seus objectivos, princípios, âmbito de actuação, metodologia e abordagem. Emerge da política de conservação do património arquitectónico mas rapidamente ultrapassa esse âmbito, em reposta a novos desafios de natureza social, económica, ambiental e cultural. Devido à sua rápida evolução e crescente complexidade, é frequente o conceito de reabilitação urbana ser usado de forma equívoca e redutora e os processos de intervenção não terem em conta os pressupostos que lhe estão subjacentes. Apesar de a informação existente sobre a matéria ser vasta, esta é de natureza sectorial, dispersa e fragmentada, não tendo sido alvo de compilação e sistematização até à data. Neste contexto, o principal objectivo desta tese é clarificar o conceito de reabilitação urbana no contexto europeu, analisando a sua evolução até aos nossos dias. Para cada década são elaborados quadros de síntese onde se definem os objectivos, os princípios, o âmbito e os instrumentos de actuação, os mecanismos de financiamento e os papéis dos vários actores nos processos de reabilitação urbana. Com esta análise pretende-se não só determinar em que consiste a reabilitação urbana hoje, como também, através do estudo da sua evolução e dos quadros de síntese, estabelecer uma matriz de referência cronológica, contra a qual podem ser comparados diferentes processos e políticas de reabilitação urbana, implementados no passado, em curso ou a propor para o futuro. Por fim, esta matriz de referência é aplicada a Portugal, mais especificamente, à experiência dos Gabinetes Técnicos Locais, cujo programa esteve em vigor aproximadamente vinte anos, e que foi, até recentemente, o único programa nacional dedicado à reabilitação urbana. Esta aplicação permite validar a aplicabilidade da matriz de referência criada, bem como tirar conclusões sobre a adequabilidade deste programa e, logo, da política nacional de reabilitação urbana , ao longo do seu período de vigência, face à evolução do estado da arte no contexto europeu.
Ano: 2009
Autor(es): Pinho, A.
Keywords: Participação; Estratégia; Planeamento; Património; Cidade; Conservação; Reabilitação
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O Homem e o habitat: território, poderes públicos e conflitos ambientais
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Desenvolve-se uma análise sociológica sobre o habitat humano, na sua dimensão de apropriação directa da natureza, e o acentuar da regulação pública exigida pelo agravamento de situações de crise e de escassez ecológica. Privilegia-se, assim, uma abordagem das interdependências entre os sistemas sociais e os naturais discriminando-se, a propósito, a expansão dos poderes públicos e a configuração de novos conflitos sob a gestão dos territórios e dos recursos naturais. A análise sociológica desenvolvida suporta-se em estudos que discriminam, nas regiões abrangidas, a ameaça dos incêndios florestais, a erosão das zonas costeiras e as alterações ambientais num estuário. Embora esta análise se inscreva no campo emergente de uma sociologia do ambiente, considera-se, no entanto, essencial a leitura dos clássicos da sociologia.
Ano: 2009
Autor(es): Craveiro, J.
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ESTUDOS EM BRANCO E NEGRO: Modelos de redução do preconceito inter-étnico na infância
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Este trabalho tem como principal objectivo estudar o impacte dos modelos da Descategorização, da Identidade Endogrupal Comum (Recategorização) e da Dupla Identidade na redução do preconceito em crianças de origem portuguesa e de origem africana (9/11 anos). Para a concretização deste objectivo estudámos três configurações de interacção entre grupos étnicos em contexto escolar, na medida em que este é, por um lado, um dos cenários de socialização mais importantes e, por outro, um meio facilitador da intervenção no domínio da redução do preconceito inter-étnico. Os resultados dos dois primeiros estudos empíricos, nos quais os grupos étnicos se encontravam a interagir em simetria e em assimetria de estatuto, permitem concluir que os modelos da Descategorização e da Recategorização foram eficazes a reduzir o enviesamento em ambos os grupos. A redução do enviesamento intergrupal foi conseguida através da diminuição da proximidade face aos membros do endogrupo, no caso da Descategorização, e a partir do aumento da atracção face aos membros do exogrupo, no caso da Recategorização. No último estudo interessou-nos averiguar, simultaneamente, o papel da saliência da pertença étnica dos grupos na redução do enviesamento e a capacidade de extensão dos benefícios operados pelos modelos ao exogrupo como um todo. Na situação de contacto, a Dupla Identidade e a Descategorização revelam-se como as representações cognitivas mais eficazes a reduzir o preconceito nas crianças de elevado estatuto, enquanto que todos os modelos eliminam o enviesamento nas crianças de baixo estatuto. Os resultados demonstram ainda que aqueles modelos permitem a extensão dos seus benefícios para o exogrupo como um todo, nos contextos escolar e residencial.
Ano: 2006
Autor(es): Rebelo, M.
Keywords: Infância; Generalização; Estatuto étnico; Redução do preconceito
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Dissertações de Mestrado
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Governação da Água em Angola: o peso das configurações institucionais e territoriais.
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A dissertação que se apresenta trata da governação da água em Angola, em particular o papel do sistema institucional na sua gestão, tendo em conta o contexto regional - a África Austral - com tradução institucional e territorial na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). Elegeu-se como principal objectivo conhecer as orientações técnico-políticas preconizadas para a gestão dos recursos hídricos e identificar os problemas mais prementes de acesso à água, enfrentados pela generalidade da população. A metodologia contemplou uma breve reflexão sobre princípios gerais que condicionam a apropriação dos recursos naturais renováveis, a par de dimensões de análise a mobilizar numa pesquisa sobre gestão de recursos hídricos, num contexto cultural e político como o de Angola. A empiria da dissertação assentou na análise de diversas fontes documentais e na recolha directa de informação, tendo em conta a necessidade de: contextualizar a hidro-geografia de Angola na África Austral; discutir a integração regional no âmbito da SADC e o seu impacto na gestão dos recursos hídricos; conhecer as dificuldades de acesso à água e os desafios lançados ao sistema institucional e, finalmente, equacionar o papel das autoridades de bacia a partir do historial político e de gestão da bacia do rio Cunene. Angola vive o paradoxo de exibir elevadas taxas de crescimento económico a par de uma muito precária distribuição de água potável. A incapacidade de resposta institucional às necessidades básicas de consumo de água, tem originado a proliferação descontrolada de um sector informal, com fortes repercussões nos indicadores de desenvolvimento do país e na persistência de graves problemas de saúde pública. Esta insuficiência contribui para colocar o país nos últimos lugares do índice de desenvolvimento humano das Nações Unidas (161 a posição, num universo de 177 países) (PNUD, 2006). O trabalho realizado inscreve-se, ainda, no reconhecimento da importância estratégica em se valorizar e consolidar redes técnico-científicas no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Estas redes poderão desempenhar um importante papel no apoio à governação destes países, em particular os que enfrentam os desafios mais prementes de desenvolvimento. Este objectivo pressupõe, no caso, a capacidade de se montar projectos de investigação-acção, que ajudem a estabilizar modelos institucionais de gestão integrada dos recursos hídricos, incorporando dimensões locais de natureza ambiental, cultural, económica e social. Poder-se-á, deste modo, encontrar respostas mais adequadas às dificuldades existentes na governação da água?
Ano: 2008
Autor(es): Pereira, A.
Keywords: Sadc; Angola; Sistema institucional; Recursos hídricos; Governação
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Relatórios
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ARICA:2019 Método de avaliação da segurança ao incêndio em edifícios existentes - Folha de cálculo e instruções de utilização
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O método ARICA:2019 permite calcular um índice que reflete o nível de segurança ao incêndio de um edifício ou recinto, ou de parte destes, tendo por referencial a legislação em vigor. O método pode ser utilizado para dispensar o cumprimento de algumas disposições da legislação em vigor no caso de intervenções em edifícios existentes. Este relatório apresenta a folha de cálculo que operacionaliza o ARICA:2019 e as respetivas instruções de utilização, estando organizado em três capítulos: enquadramento, folha de cálculo e notas finais. Em anexo apresenta-se a versão integral das instruções de utilização.
Ano: 2020
Autor(es): Branco Pedro, J.; Leça Coelho, A.; Vicente, M.
Keywords: Instruções de utilização; Edifícios existentes; Folha de cálculo; Segurança ao incêndio; Reabilitação
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Avaliação de impactes culturais e ambientais da reabilitação de edifícios habitacionais urbanos - Processo de apoio técnico e método de avaliação IMPACTE REHURB
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Este relatório descreve o processo de apoio técnico e suporte à decisão IMPACTE REHURB e o método de avaliação multicritério nele incluído. Apresenta também os resultados de uma consulta a peritos sobre elementos de avaliação preliminares. Expõe ainda os desenvolvimentos futuros previstos e as conclusões intermédias do projeto de investigação. Estes resultados foram obtidos no âmbito do projeto de investigação de pós-doutoramento «Descarbonizar as cidades Avaliação de impactes culturais e ambientais da reabilitação urbana e de edifícios, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Ano: 2020
Autor(es): Mourão, J.
Keywords: Habitação; Reabilitação de edifícios; Energia; Ambiente; Património cultural
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Turismo Sénior na região do Algarve - Questionário de avaliação da satisfação e da atractividade em hotéis de 4 e 5 estrelas
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O relatório apresenta um questionário para avaliar o grau de satisfação e de atratividade dos hotéis de 4 e 5 estrelas da região do Algarve. O questionário está organizado em sete secções que abordam: os dados sociodemográficos dos inquiridos; a escolha do hotel; os quartos; os serviços e atividades no hotel; as atividades fora do hotel; o ambiente, segurança e acessibilidade; e, a apreciação global. No total o questionário é composto por 38 perguntas, diversas delas desdobradas em vários itens. Foi utilizado num inquérito a hóspedes seniores, nacionais e estrangeiros, alojados em hotéis da região do Algarve na época baixa de 2011/2012. Os resultados evidenciaram a adequação do questionário para avaliar a satisfação e a atratividade neste objeto de estudo. O presente relatório está organizado nos seguintes capítulos: 1) introdução, 2) objetivo e objeto, 3) desenvolvimento, 4) organização, 5) experiência de aplicação e 6) notas finais. Em anexo apresenta-se a versão em português do questionário.
Ano: 2020
Autor(es): Zacarias, W.; Branco Pedro, J.; Rebelo, M.
Keywords: Satisfação; Atratividade; Turismo Sénior; Questionário
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ARICA:2019 - Descrição do método de análise de risco de incêndio e aplicação aos edifícios existentes
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O Projeto «Reabilitar como Regra», criado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 170/2017, teve como objetivo elaborar propostas para adequar as normas técnicas da construção às exigências e especificidades da reabilitação de edifícios. No domínio da segurança contra incêndios, a intervenção sobre edifícios existentes pode dispensar o cumprimento de algumas disposições da legislação em vigor, mediante a adoção de métodos de análise que evidenciem ser atingido um adequado nível de segurança contra incêndio. Para operacionalizar esta possibilidade pode ser adotado o método de avaliação da segurança ao incêndio ARICA:2019. Este método é constituído por 35 fatores com base nos quais se determina um índice de risco, cujo valor reflete o nível de segurança ao incêndio de um edifício tendo por referencial a legislação em vigor.
Ano: 2019
Autor(es): Leça Coelho, A.; Branco Pedro, J.; Ferreira, T.
Keywords: Risco; Segurança ao incêndio; Reabilitação; Edifícios existentes
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ARICA:2019 Método de avaliação da segurança ao incêndio em edifícios existentes - Descrição, âmbito e condições de aplicação
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O método de avaliação das condições de segurança ao incêndio ARICA:2019 permite calcular um índice que reflete o nível de segurança ao incêndio de um edifício ou recinto, ou de parte destes, tendo por referencial a legislação em vigor. O método foi originalmente desenvolvido no LNEC em 2004. A versão de 2019 resulta de um trabalho de reformulação e aperfeiçoamento com vista a tornar o método mais rigoroso e fácil de aplicar. O método pode ser utilizado para dispensar o cumprimento de algumas disposições da legislação em vigor no caso de intervenções em edifícios existentes, nos termos do estabelecido no n.º 3 do art.º 14.º-A do Decreto-Lei 220/2008, de 12 de novembro, na redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 95/2019. O presente relatório está organizado em cinco capítulos: enquadramento e antecedentes, condições de aplicação, fatores que compõem o método, condições a verificar nos edifícios existentes, e notas finais.
Ano: 2019
Autor(es): Leça Coelho, A.; Branco Pedro, J.; Vicente, M.; Ferreira, T.
Keywords: Segurança ao incêndio; Reabilitação; Edifícios existentes
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Modelo de análise das condições de segurança ao incêndio em edifícios existentes (MACSI_2E) - Relatório de progresso
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Este relatório apresenta o trabalho de investigação realizado entre maio de 2016 e maio de 2017, no âmbito da Estratégia de Investigação e Inovação do LNEC para o período 2013-2020, que enquadra e orienta o Plano de Investigação e Inovação (P2I), com vista ao desenvolvimento de um Modelo de análise das condições de segurança ao incêndio em edifícios existentes (MACSI_2E). No período em causa foram desenvolvidas diversas partes desse modelo, conforme o descrito no corpo deste relatório, incluindo já alguns aspetos de implementação do algoritmo em computador.
Ano: 2019
Autor(es): Leça Coelho, A.; Neto, J.
Keywords: Projeto; Segurança; Incêndio; Edifícios existentes
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Turismo sénior na região do Algarve - Fatores de satisfação e de atratividade em hotéis de 4 e 5 estrelas
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O relatório apresenta os resultados de um estudo que teve como objetivo contribuir para o conhecimento dos fatores que explicam a atratividade do produto turístico Algarve e a satisfação dos turistas que o procuram. Neste âmbito, foi realizado um inquérito por questionário a 538 hóspedes seniores, nacionais e estrangeiros, alojados em 17 hotéis de 4 e 5 estrelas nesta região durante a época baixa de 2011/2012 (setembro de 2011 a maio de 2012). Os resultados são globalmente úteis para apoiar estratégias que tenham como objetivo a melhoria da satisfação dos hóspedes seniores com a sua estada no Algarve, desejando contribuir para enfrentar o efeito de sazonalidade no turismo nesta região. O presente relatório está organizado nos seguintes capítulos: 1) introdução, 2) envelhecimento e turismo, 3) descrição do modelo de análise, 4) explicação dos instrumentos e do trabalho de terreno, 5) descrição do uso dos hotéis por hóspedes seniores, e 6) conclusões, discussão e desenvolvimentos futuros. Em anexo apresentam-se o questionário em português e as características da amostra.
Ano: 2019
Autor(es): Rebelo, M.; Machado, P.; Branco Pedro, J.; Zacarias, W.
Keywords: Satisfação; Atratividade; Algarve; Turismo sénior
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Satisfação com as condições de trabalho no LNEC em 2016 - Resultados gerais do inquérito aos trabalhadores do LNEC
Este relatório apresenta os resultados de um inquérito por questionário dirigido aos trabalhadores do LNEC acerca da satisfação com as condições de trabalho que a instituição proporcionou em 2016. Este inquérito é da responsabilidade da Direção de Serviços de Recursos Humanos e Logística do LNEC (DSRHL) e foi aplicado no âmbito do Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública (SIADAP).
Ano: 2018
Autor(es): Rebelo, M.
Keywords: Condições de trabalho; Satisfação; Avaliação; Inquérito
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Satisfação com as condições de trabalho no LNEC em 2017 - Resultados Gerais do Inquérito aos Trabalhadores do LNEC
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Este relatório apresenta os resultados de um inquérito por questionário dirigido aos trabalhadores do LNEC acerca da satisfação com as condições de trabalho que a instituição proporcionou em 2017. Este inquérito é da responsabilidade da Direção de Serviços de Recursos Humanos e Logística do LNEC (DSRHL) e foi aplicado no âmbito do Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública (SIADAP).
Ano: 2018
Autor(es): Rebelo, M.
Keywords: Condições de trabalho; Satisfação; Avaliação; Inquérito
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Satisfação com o serviço prestado pelo LNEC em 2016 - Resultados gerais do inquérito aos clientes do LNEC
Este relatório apresenta os resultados de um inquérito por questionário dirigido aos clientes do LNEC em 2017 acerca da satisfação com o serviço prestado por este Laboratório de Estado no ano de 2016. Este inquérito é da responsabilidade da Direção de Serviços de Recursos Humanos e Logística do LNEC (DSRHL) e foi aplicado no âmbito do Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública (SIADAP).
Ano: 2018
Autor(es): Rebelo, M.
Keywords: LNEC; Clientes; Serviço; Satisfação
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Informações Científicas e Técnicas
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Princípios de edificação sustentável
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O presente livro apresenta uma síntese dos conhecimentos sobre sustentabilidade ambiental de edifícios e de áreas residenciais. Pretende-se apoiar a promoção e o projeto de edifícios que garantam um maior equilíbrio entre a preservação do ambiente e a satisfação das necessidades humanas a curto prazo e a longo prazo, para as gerações atuais e futuras. São abordados os desafios que a construção de edifícios e de áreas urbanas enfrentam na transição para um paradigma de desenvolvimento mais "ecológico". No livro são identificados os sinais de insustentabilidade da situação atual e referidas as principais reações institucionais, nacionais e internacionais, a esta situação alarmante. São também analisados os recursos ambientais em risco e sintetizados os princípios gerais para uma produção de edifícios ambientalmente mais sustentável. Aprofundando alguns desses princípios, descrevem-se com detalhe as estratégias para a concretização dos princípios de "eficiência energética" e de "gestão ecológica dos materiais de construção" no projeto de arquitetura. Para demonstrar a viabilidade de aplicação dos princípios estabelecidos são apresentados exemplos construídos de edifícios e áreas residenciais sustentáveis. Em seguida abordam-se as principais tendências de evolução da arquitetura que resultam da incorporação dos objetivos de sustentabilidade ambiental. Finalmente, é realizada uma síntese do estudo desenvolvido e são selecionadas e descritas linhas de investigação futura sobre o tema.
Ano: 2012
Número Páginas:
228pp.
Autor(es): Mourão, J.; Branco Pedro, J.
Editor: LNEC
Keywords: Proteção do meio ambiente; Área urbana; Área residencial; Arquitetura sustentável; Arquitetura ecológica; Construção sustentável; Construção de edifício
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Dimensões do mobiliário e do equipamento na habitação
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Para que as habitações sejam adequadas ao uso devem conter espaços com área, dimensões e equipamentos que permitam o desenvolvimento das funções domésticas, bem como possibilitar o acesso conveniente aos espaços que as constituem. A área e as dimensões de cada espaço das habitações devem ser determinadas tendo em consideração o mobiliário e o equipamento necessários ao desenvolvimento das funções domésticas. As dimensões do mobiliário e do equipamento são portanto informação técnica essencial para a elaboração e a análise de projectos de edifícios habitacionais. Nesta publicação apresentam-se as dimensões do mobiliário e do equipamento frequentemente utilizados na habitação. São também apresentadas as dimensões de alguns elementos construtivos (e.g., portas e escadas) e veículos (e.g., bicicletas, motociclos e automóveis), que se consideram necessários para o dimensionamento dos espaços da habitação. As dimensões foram definidas com base na análise de uma amostra de mobiliário e de equipamento comercializado em Portugal. A amostra foi constituída com informação retirada de catálogos impressos ou disponíveis na Internet. As dimensões obtidas na análise da amostra foram aferidas com as dimensões definidas em bibliografia de referência. Para cada elemento são indicadas as suas dimensões físicas e as suas dimensões de uso, estabelecidas segundo três níveis de desempenho (i.e., mínimo, recomendável e óptimo). Após a introdução, a publicação contém um capítulo com as dimensões antropométricas estáticas de indivíduos adultos portugueses. Os capítulos seguintes abordam cada uma das onze funções em que foi dividido o uso da habitação. Cada um destes capítulos contém: uma descrição resumida da função, a listagem das actividades incluídas na função, desenhos com as dimensões do mobiliário e do equipamento utilizado nessa função, desenhos com esquemas que ilustram a utilização desse mobiliário e equipamento, e notas de apoio à interpretação dos desenhos.
Ano: 2011
Número Páginas:
167pp.
Autor(es): Branco Pedro, J.; Vasconcelos, L.; Monteiro, M.; Jerónimo, C.
Editor: LNEC
Keywords: Exigência funcional; Dimensão; Edifício de habitação; Espaço interior; Elemento de construção; Equipamento; Mobiliário
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Habitat e minorias - O que pode a promoção pública da habitação?
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O estudo que agora se publica procurou conhecer o lugar/peso que a dimensão habitat tem nos processos de integração de populações de matriz africana e cigana, residentes nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, com fracas capacidades económicas de escolha residencial. Esta condição tornou-as dependentes dos organismos públicos para a melhoria das suas condições habitacionais. De entre os diversos aspectos estudados analisaram-se os ganhos e as perdas entre bairros ditos de barracas(os) e os bairros de realojamento. Será que, a par de uma melhoria objectiva das condições de habitabilidade, se assistiu a um prolongamento/transferência de dinâmicas bloqueadoras de eventuais trajectórias de integração? A solução dos problemas das más condições habitacionais e de integração sócio- urbanística destas populações passa por perceber o contributo dado, neste processo, pelos programas de promoção habitacional pública, mas também por conhecer os outros factores que lhe estão associados. Na presente publicação dá-se conta desses factores: os traços socio-demográficos e económicos da população-alvo, as trajectórias de emigração e a sua importância na perspectivação do futuro, o papel da escola e da estabilidade económica e profissional, as estratégias face às redes de suporte social e, ainda, as trajectórias identitárias empreendidas. Termina-se propondo um conjunto de recomendações, tendo em consideração os resultados obtidos. Chama-se a atenção para princípios orientadores e acções que é necessário empreender para que a promoção habitacional pública assuma o seu papel na procura da coesão social, de soluções com sustentabilidade no médio e longo prazo e não apenas em soluções que apostem quase exclusivamente na dimensão habitacional e no curto prazo.
Ano: 2011
Número Páginas:
152pp.
Autor(es): Pereira, A.; Silva, D. S.; Rebelo, M.; Baptista, I.; Perista, P.; Cardoso, A.
Editor: LNEC
Keywords: Pt; Sociologia da habitação; Integração social; Área metropolitana; Grupo étnico; Habitação social
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A governação da água em Angola - Riscos e oportunidades
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Governação da água em Angola: riscos e oportunidades resulta de uma pesquisa que procurou, em grande parte, descortinar o papel do sistema institucional no planeamento e na gestão dos recursos hídricos. Elegeu-se como principal objectivo conhecer as orientações técnico-políticas preconizadas para a gestão dos recursos hídricos e identificar os problemas mais prementes de acesso à água, enfrentados pela generalidade da população. O problema da água em Angola não pode, contudo, desligar-se do contexto regional - a África Austral - com tradução institucional e territorial na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). A proposta teórico-metodológica subjacente à referida pesquisa contemplou uma breve discussão sobre a apropriação dos recursos naturais renováveis, a par de dimensões de análise associadas à governação da água, em contextos culturais e políticos como os de Angola. A empiria da pesquisa assentou na análise de diversas fontes documentais e na recolha directa de informação, tendo em conta a necessidade de: contextualizar a hidro-geografia de Angola na África Austral; discutir a integração regional no âmbito da SADC e o seu impacto na gestão dos recursos hídricos; conhecer as dificuldades de acesso à água e os desafios lançados ao sistema institucional; e, finalmente, equacionar o papel das autoridades de bacia a partir do historial político e de gestão da bacia do rio Cunene. Angola tem vivido o paradoxo de exibir elevadas taxas de crescimento económico a par de uma muito precária distribuição de água potável. A incapacidade de resposta institucional às necessidades básicas de consumo de água tem originado a proliferação descontrolada de um sector informal, com fortes repercussões nos indicadores de desenvolvimento do país e na persistência de graves problemas de saúde pública. O trabalho realizado inscreve-se, ainda, no reconhecimento da importância estratégica em se valorizar e consolidar redes técnico-científicas no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Estas redes poderão desempenhar um importante papel no apoio à governação destes países, em particular os que enfrentam os desafios mais prementes de desenvolvimento.
Ano: 2010
Autor(es): Pereira, A.
Keywords: Ao; Gestão ambiental; Água potável; Politica de recursos hídricos; Gestão de recursos hídricos
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Outros
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Perceção do risco e conflitos ambientais: modelos conceptuais e aplicações
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A comunicação diz respeito à análise dos resultados de momentos de inquirição sociológica sobre a perceção do risco de erosão e inundação costeiras e avaliação dos danos de eventos passados. Aplicaram-se questionários em núcleos urbanos sujeitos ao risco de galgamento oceânico e em zonas da costa continental portuguesa expostas a elevadas taxas de erosão. A metodologia desenvolvida, de carácter sociológico, faz parte de um conjunto de tarefas do projeto Regulações e Conflitos Ambientais Devido à Erosão Costeira, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, tendo em vista o apuramento de um índice de vulnerabilidade social face aos riscos ambientais considerados em zonas costeiras.
Ano: 2013
Número Páginas:
7pp..
Autor(es): Craveiro, J.
Keywords: Conflitos ambientais; Erosão costeira; Perceção do risco
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Responsabilidade e gestão do risco de incêndio nas proximidades das habitações e na orla florestal
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O presente artigo discute a responsabilidade social e as estratégias de prevenção face a incêndios florestais nos perímetros urbanos e nas proximidades das habitações em meio florestal. O artigo debate assim, a par da evolução dos incêndios florestais em Portugal, o potencial de risco que representa a dispersão de habitações em meio florestal e a eventual negligência humana na gestão do combustível nas proximidades das habitações e em redor dos núcleos urbanos. Explora-se, deste modo, o carácter da responsabilidade social em meio residencial e florestal, considerando que a evolução dos modos de vida e a expansão urbana ditam o afastamento disrutivo face às tradicionais dependências dos usos comunitários da floresta. Este afastamento, de natureza cultural e instrumetal, entre a casa e a floresta constitui um fator de risco acrescido se não for compensado com a adoção de comportamentos preventivos. Retomam-se, assim, considerações suportadas por estudos e propostas anteriores mas, essencialmente, enunciam-se aqui linhas de investigação a desenvolver.
Ano: 2012
Número Páginas:
8p..
Autor(es): Craveiro, J.; Menezes, M.; Cruz, H.
Editor: Instituto Superior Tércnico
Keywords: Responsabilidade; Prevenção; Sustentabilidade; Risco
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O contributo do testemunho oral do artesão na conservação dos revestimentos históricos com base em cal
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Articulando o conhecimento ligado à conservação e restauro do património com um domínio mais antropológico da construção do saber, visa-se discutir determinados aspectos que podem contribuir para a concretização do trabalho de recolha dos testemunhos orais dos artesãos das argamassas em cal, de modo que a informação obtida contribua para aprofundar o conhecimento sobre as técnicas tradicionais de revestimento com base em cal.
Ano: 2011
Número Páginas:
41-48 (8pag.).
Autor(es): Menezes, M.; Tavares, M.
Editor: LNEC
Keywords: Conservação; Revestimentos históricos; Testemunho oral; Artesão; Cal
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